Natal, RN – Veja as atualizações sobre a solução e a retomada do serviço do PRAE logo mais abaixo.
Mães de crianças com necessidades especiais se reuniram em frente à Prefeitura Municipal para protestar contra a suspensão do Programa de Acessibilidade Especial Porta a Porta (Prae), serviço essencial que transportava seus filhos para as terapias.
A decisão de interromper o transporte gerou revolta e indignação entre as famílias, que veem no Prae um instrumento fundamental para garantir o desenvolvimento e a qualidade de vida de seus filhos. Muitas dessas crianças dependem das terapias para alcançar marcos importantes e conquistar mais autonomia em suas vidas.
"É como se tirassem uma parte de nós", desabafa Maria, mãe de um menino autista. "Meu filho precisa de terapia intensiva, que deve ser feita todos os dias e, sem o transporte, fica impossibilitado de continuar a terapia que é tão importante para ele. É um retrocesso enorme."
A suspensão do serviço pegou as famílias de surpresa. Muitas delas não foram informadas oficialmente sobre a decisão e só ficaram sabendo por meio dos motoristas do programa. A falta de comunicação e o descaso com as necessidades das crianças agravaram ainda mais a situação.
"A gente se sente desamparada", conta Ana, mãe de uma menina com paralisia cerebral. "A terapia é essencial para o desenvolvimento da minha filha e agora não sabemos como vamos fazer para levá-la aos atendimentos."
O protesto das mães chamou a atenção para a importância do Prae e para a necessidade de garantir o acesso às terapias para todas as crianças com necessidades especiais. A luta dessas mulheres é um exemplo de força e determinação, e mostra o quanto é importante a união em defesa dos direitos mais básicos.
O que está em jogo?
Sem o transporte, crianças com autismo, paralisia cerebral e síndromes raras veem seu desenvolvimento comprometido, perdendo oportunidades de avançar em suas terapias. As terapias são essenciais para estimular o desenvolvimento motor, cognitivo e social dessas crianças, além de prevenir complicações e promover a inclusão.
Além disso, muitas famílias não têm condições financeiras de arcar com os custos do transporte particular, o que impede que seus filhos tenham acesso aos tratamentos adequados. A interrupção do Prae aprofunda ainda mais as desigualdades e prejudica o futuro dessas crianças.
O que as mães reivindicam?
As mães que participaram do protesto exigem a reativação imediata do Programa de Acessibilidade Especial Porta a Porta. Elas também pedem mais diálogo com a Prefeitura e a garantia de que a política pública para pessoas com deficiência seja priorizada.
"A gente não vai desistir", afirma Camila, mãe de um menino com síndrome de Down. "Vamos continuar lutando até que nossos filhos tenham o direito de ir e vir garantido."
A importância da mobilização social
A mobilização das mães em defesa dos direitos de seus filhos é fundamental para garantir o acesso às terapias e a inclusão das pessoas com deficiência. A sociedade como um todo precisa se sensibilizar para essa causa e exigir que seus direitos não sejam violados.
Em busca de soluções: Atualização Sobre a Retomada do Prae
É preciso encontrar uma solução urgente para o problema. A suspensão do transporte é um retrocesso dos direitos das crianças com necessidades especiais. É fundamental garantir que essas crianças tenham acesso aos serviços de que precisam para se desenvolver plenamente.
Diante da forte pressão das famílias e da repercussão negativa da suspensão do PRAE, a Secretaria se comprometeu a realizar reuniões internas, para discutir a situação. Depois de reuniões com diversos setores, o serviço deverá ser retomado segunda feira dia 18 de novembro deste mês, mas com algumas restrições.
Contudo, cerca de 150 pacientes que precisam urgentemente do serviço já foram afetadas, mas vamos torcer para que seja solucionado definitivamente. O relato é que o PRAE seja transferido para a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social ou Secretaria Municipal de saúde segundo o Portal G1 Rio Grande do Norte.
A sociedade também pode contribuir com este tema tão importante. É preciso fortalecer as redes de apoio às famílias de crianças com deficiência e pressionar os poderes públicos a investir em políticas públicas que promovam a inclusão e a qualidade de vida dessas pessoas.
Portanto, a luta das mães de Natal é um exemplo inspirador de resistência e determinação. A suspensão do transporte não pode acontecer, é preciso que a sociedade como um todo se mobilize em defesa desses direitos que são exclusivos para estas pessoas.